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Irã volta a fiscalizar uso do véu para mulheres

Mais de cem dias depois da morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini, presa pela polícia de costumes do Irã pelo uso incorreto do véu islâmico, as autoridades do Irã lançam uma nova campanha para fiscalizar o uso do véu islâmico hijab pelas mulheres. Por enquanto, seria apenas advertência, sem punição.

Mahsa foi presa em 13 de setembro e, três dias depois, foi encontrada morta na prisão. Familiares sustentam que ela foi assassinada. Autoridades iranianas dizem que ela sofreu um mal súbito. Depois da morte da jovem, de 22 anos, milhares de iranianos foram às ruas para protestar, pedindo justiça, liberdade e o fim do regime islâmico, sob o comando do aiatolá Ali Khamenei.

Mais de 15 mil pessoas foram presas por participar dos protestos e pelo menos 11, condenadas à morte. Duas execuções de dois homens de 23 anos já foram realizadas. Pelo menos 400 pessoas morreram nos protestos, mais intensos nas regiões de maioria curda.

Com os protestos, o governo iraniano havia anunciado, no início de dezembro, o fim da polícia da moralidade, que prendia mulheres e meninas vestidas de forma imprópria na rua.

Agora, porém, segundo um responsável da polícia, citado pela agência de notícias Fars, essa nova campanha pretende advertir para o uso correto do véu. Se uma mulher dirigindo ou uma passageira de um veículo não usarem o véu, o proprietário recebe uma mensagem pedindo que o hijab seja respeitado e que a desobediência não seja repetida.

De acordo com a agência, por enquanto, não haverá medidas punitivas nem multas. Antigamente, o carro dos infratores ficava imobilizado por algumas semanas e existe o temor de que medidas mais severas voltem a ser adotadas.

Mesmo com a repressão do governo, os protestos continuam sendo realizados, com pessoas saindo às ruas, como ocorreu no primeiro dia do novo ano e cujo vídeo foi postado nas redes sociais.

Outra modalidade de protesto é atear fogo em outdoors com a imagem de Qasem Soleimani, um general iraniano da Guarda Revolucionária Islâmica.

Fonte: Revista Oeste*

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