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“Taxa de seca” para navios pode encarecer produtos no Amazonas

Uma “taxa de seca” está sendo cobrada pelas empresas de práticos, para atracar navios cargueiros em rios do Amazonas, devido a forte seca que atinge o estado. A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) pede ações que regulem o modal fluvial no período da vazante.

Segundo o especialista em comércio Mário Pierre, quando os rios estão em condições normais de navegação, as empresas de práticos, ou seja, de homens que ancoram os navios em determinado porto, cobram em média R$ 70 mil por embarcação. Todavia, com a estiagem severa, o valor passou para R$ 800 mil.

“Os práticos são os condutores do navio. Eles conhecem aquele porto e quando o navio precisa ancorar, eles vão lá e fazem esse serviço, até porque, o comandante não conhece todos os portos. Isso seria impossível. E os navios pagam por esse serviço. A média é de R$ 70 mil, o que é um valor acessível para as embarcações”, disse especialista.

No entanto, segundo ele, com a seca no Amazonas, o valor subiu de forma exorbitante e isso pode impactar no valor final dos produtos que serão comercializados.

“Tem empresa cobrando R$ 800 mil. Fica muito inviável e isso vai encarecer a comercialização dos produtos. Vai impactar no bolso do consumidor final”, alertou.

A Fieam chegou a encaminhar um ofício à Marinha do Brasil pedindo providências do órgão. Segundo a federação, é preciso “promover o equilíbrio econômico aos usuários das hidrovias, coibindo a prática de preços abusivos pelos atores do sistema”.

Entre os pedidos da Fiem à Marinha, está o acompanhamento dos canais de navegação e a coibição das práticas abusivas. Os empresários também pedem a segurança na navegação dos rios do Amazonas.

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