EUA divulgam documentos sobre assassinato de John Kennedy

Na quinta-feira 15, os Arquivos Nacionais dos EUA divulgaram diversos documentos sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, que ocorreu em 1963. São 5 milhões de páginas, segundo a Casa Branca. O Executivo informou que vai manter em sigilo uma “quantidade limitada” de documentos.

A Comissão Warren, responsável pela investigação do atentado, havia determinado que o crime foi cometido pelo franco-atirador da Marinha Lee Harvey Oswald, que teria agido sozinho. A versão oficial, contudo, é posta em dúvida por boa parte dos norte-americanos. Uma segunda versão da morte de Kennedy dá conta de que Oswald tinha ligações com a CIA.

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Larry Sabato, autor de O meio século de Kennedy: a presidência, o assassinato e o legado duradouro de John F. Kennedy, em entrevista à CNN International, disse que, mesmo com a possibilidade de “joias ocultas” serem reveladas no documento, nada mudará o que aconteceu no dia do assassinato. “Isso não vai mudar a história”, disse Sabato. “Não é. Eu lhe garanto.”

Guerra Fria e a Crise dos Mísseis em Cuba

Com a chamada Guerra Fria no seu auge, o governo Kennedy se envolveu em sérios conflitos geopolíticos.

O mais perigoso deles, sem dúvida, foi a crise dos mísseis em Cuba, em outubro de 1962, quando a União Soviética enviou cargueiros com mísseis nucleares para a ilha.

O mundo nunca esteve tão perto de um conflito nuclear quanto naqueles dias, mas Kennedy conseguiu acalmar Moscou ao retirar mísseis americanos que estavam estacionados na Turquia.

Pouco antes, em 1961, a administração Kennedy já havia se envolvido em um tremendo fiasco ao promover uma fracassada invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, para tentar derrubar o regime comunista de Fidel Castro.

Os americanos também foram acusados diversas vezes de tentar matar o líder cubano.

Guerra do Vietnã e construção do Muro de Berlim

Também foi durante o mandato de Kennedy que os Estados Unidos se envolveram por completo na Guerra do Vietnã, com o envio de milhares de soldados para o país asiático.

Na mesma época, a União Soviética construiu o infame Muro de Berlim –e Kennedy fez um discurso histórico prometendo defender Berlim Ocidental até o fim.

Todos os episódios levaram as pessoas a crer que muitos governos estrangeiros e políticos tinham interesse na morte do presidente americano.

O caso ganhou contornos ainda mais instigantes porque Lee Oswald morou alguns anos na União Soviética, antes do crime, e até tentou conseguir a cidadania do país comunista, sem sucesso.

A investigação oficial determinou que Kennedy foi morto com um único disparo, feito por Oswald.

Além disso, os investigadores concluíram que ele agiu absolutamente sozinho.

Enredo de filme

Para aguçar ainda mais as teorias da conspiração, o suposto assassino de Kennedy foi morto a tiros dentro da delegacia onde estava preso –e em frente às câmeras de TV que acompanhavam o evento ao vivo.

O assassino de Oswald, Jack Ruby, era dono de uma boate e teria conexões com a máfia americana.

Todo esse exótico enredo de personagens das sombras levou o cineasta americano Oliver Stone a lançar o filme “JFK”, em 1991.

A repercussão do filme trouxe à tona, novamente, as teorias da conspiração e levou o Congresso americano a aprovar uma lei exigindo que os documentos relacionados à investigação fossem liberados até 2017.

Os governos dos presidentes Donald Trump e Joe Biden, no entanto, nunca liberaram todos os documentos.

Alegam que alguns deles ainda têm informações sensíveis sobre pessoas e os métodos de trabalho da CIA e do FBI.

Com os documentos liberados agora, imagina-se que saiba-se mais sobre quem foram Oswald e Ruby.

Mas, dificilmente, eles explicarão de forma cabal o que exatamente aconteceu naquele longínquo dia ensolarado de 1963.

Como aconteceu o assassinato de John Kennedy

O então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, foi atingido por dois tiros quando estava na limousine presidencial, durante um desfile em Dallas, Texas. Kennedy morreu na hora.

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